Al-Qaeda foi decapitada e será vencida, diz Obama

Em encontro privado, presidente dos EUA condecora integrantes de equipe que participaram de operação que matou Bin Laden

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta sexta-feira que os EUA "decapitaram" a Al-Qaeda com a morte de Osama bin Laden e que acabarão por esmagar o grupo extremista. "Cortamos a sua cabeça e iremos por fim derrotá-los", afirmou Obama após um encontro com integrantes das forças especiais responsáveis pela operação que culminou com a morte de Bin Laden no domingo no Paquistão.

A declaração foi feita durante pronunciamento à base militar de Fort Campbell, Kentucky, perante soldados que recentemente voltaram do Afeganistão, onde o combate e a busca pelo fim do impasse continuam apesar da morte do idealizador dos ataques que deixaram quase 3 mil mortos no 11 de Setembro de 2001. A visita ocorreu no mesmo dia em que a morte de Bin Laden foi confirmada em comunicado da Al-Qaeda, que prometeu vingança.

No discurso, Obama agradeceu a ação dos militares americanos pela sua participação nas guerras do Afeganistão e Iraque e na operação que matou o líder da rede terrorista.

Ele lembrou que na quinta-feira, durante evento no Marco Zero (local onde ficam as Torres Gêmeas que desmoronaram no atentato), disse que os EUA nunca se esquecerão do 11 de Setembro. Segundo ele, os membros que participaram da operação que matou Bin Laden provaram isso. "Trabalho bem feito!", disse o líder dos EUA, afirmando que seu agradecimento era feito em nome de todos os americanos e de várias pessoas em todo o mundo.

Antes do pronunciamento, Obama agradeceu pessoalmente alguns dos integrantes das forças especiais que participaram da operação que matou Bin Laden. No encontro, realizado a portas fechadas, o líder americano condecorou os membros do grupo.

Obama e o vice-presidente Joe Biden realizaram uma série de reuniões a portas fechadas com as tropas de operações especiais e em seguida condecoraram todo o comando com a medalha Presidential Unit Citations - o maior prêmio que pode ser dado a uma unidade militar - para reconhecer seu "extraordinário serviço e conquista".

Obama acompanhou todo o ataque ousado das forças Seal de operações especiais em território paquistanês, que matou o chefe da Al-Qaeda em seu esconderijo após uma caçada de 10 anos.

Fort Cambpell
Ao chegar à base militar, Obama, que viu seus índices de popularidade subirem após a morte de Bin Laden, foi recebido na pista de pouso por comandantes militares como o vice-almirante William McRaven, chefe da força Seal.

Na véspera, Obama havia participado de uma cerimônia em Nova York em homenagem às vítimas dos atentados do 11 de Setembro de 2001. Esses eventos, no entanto, ocorrem num momento em que a operação que matou Bin Laden está cada vez mais cercada por dúvidas, questionamentos e mudanças nas versões oficiais.

Muita gente no mundo islâmico e na Europa fez críticas aos EUA depois da admissão de que Bin Laden foi morto desarmado e com um tiro na cabeça, e também porque seu corpo foi sepultado no mar - prática rara na religião muçulmana.

A maioria dos americanos, no entanto, continua eufórica com a morte do seu inimigo número 1, e vê os soldados da força Seal como heróis. Por isso, Obama foi pessoalmente agradecê-los.

Para receber o presidente, soldados reuniram-se num hangar cheio de bandeiras americanas, com uma banda tocando rock. Um gigantesco cartaz pendurado numa parede dizia: "Trabalho bem cumprido!"

Mas, para proteger a natureza sigilosa da atividade dessa força, o encontro foi reservado. Os jornalistas que acompanham Obama na viagem não puderam ver nem mesmo o exterior do centro de operações especiais, e o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse apenas que o presidente se reuniria com "alguns operadores especiais" envolvidos na ação do Paquistão.

Pesquisas mostram que a aprovação popular a Obama voltou a superar 50% depois da morte de Bin Laden, mas analistas dizem que esse impulso pode não durar até a eleição de 2012, quando ele disputará um novo mandato.

Por essa avaliação, o eleitorado estaria mais preocupado em questões econômicas, como o desemprego e o preço da gasolina, ainda que Obama tenha agora mais argumentos para rebater uma tradicional acusação dos republicanos aos democratas - a de serem fracos em questões de segurança nacional.

IG

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